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sábado, 26 de novembro de 2011

PF indicia 50 acusados de receber Bolsa Família de forma irregular


A Polícia Federal indiciou nesta semana 50 pessoas de Boca do Acre (AM) sob suspeita de receber ilegalmente dinheiro do Bolsa Família, programa de transferência de renda do governo federal.
Como as investigações continuam, o total de indiciados poderá ultrapassar o número de cem, segundo o delegado Flávio Henrique Avelar.
De acordo com o responsável pelas investigações, entre os acusados de receber o benefício de transferência de renda estão comerciantes com rendimento mensal superior a R$ 30 mil, fazendeiros com várias cabeças de gado e empresários que possuem caminhões.
Os agentes também encontraram algumas pessoas que recebiam o dinheiro e o usavam para pagamento de pensão alimentícia.
"Entre os beneficiários, além de fazendeiros, empresários, comerciantes, professores, servidores do município e do Estado, encontramos ainda funcionários contratados para cuidar do cadastro do Bolsa Família", disse o delegado.
O levantamento começou depois da PF ter encontrado alguns casos de recebimento irregular na cidade, com isso uma investigação foi aberta há dois meses com o objetivo de cruzar a lista de pessoas cadastradas no programa com a relação de servidores públicos, de professores e a lista de fazendeiros.
"Depois de uma análise, constatamos a existência de funcionários públicos que possuem salários acima de R$ 2 mil cadastrados no programa. Encontramos outro caso de uma beneficiária que faleceu há dois anos e que a filha dela continuava a receber o dinheiro", disse Avelar.
O resultado das investigações já foi encaminhado para a Justiça Federal do Amazonas, mas o delegado pediu mais tempo para finalizar o cruzamento de informações com a lista de fazendeiros.
"Solicitei mais tempo para verificar todas as listas, pois acreditamos que teremos mais de cem indiciados pela mesma irregularidade", afirmou Avelar.
A PF constatou que os acusados alegavam ter uma renda compatível com a regra para o recebimento do Bolsa Família ou incluíam familiares que não moravam na mesma casa para alegar a necessidade do benefício.
Avelar disse que 4.500 famílias estão cadastradas no programa de transferência de renda no município, que possui cerca de 36 mil habitantes.
Segundo a PF, com a investigação, o Bolsa Família deixará de pagar em torno de R$ 120 mil por ano as pessoas cadastradas irregularmente.
Caso sejam condenados, os acusados serão obrigados a devolver todo o dinheiro recebido de forma ilegal.
Após a abertura de investigação, a gestora do Bolsa Família em Boca do Acre informou a PF que algumas pessoas cadastradas no programa estão solicitando o cancelamento do benefício.
O Bolsa Família é oferecido para famílias que conseguem comprovar que uma renda mensal per capita inferior a R$ 140.

Fonte: folha.uol.com.br

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