Um estudante de São Paulo conseguiu mudar a nota da redação no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de zero para 880 após pedir a revisão da prova na Justiça. É a primeira vez que um candidato consegue a revisão desde o novo formato do exame.
A informação é da coluna Mônica Bergamo publicada na edição desta quarta-feira daFolha. A coluna completa está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
O MEC diz que não houve erro, já que "cada prova é corrigida, automática e obrigatoriamente, por dois corretores, de forma independente, sem que um conheça a correção feita pelo outro". Em caso de discordância em até 300 pontos (de zero a mil), "um terceiro examinador" atribuirá nova nota, "que prevalecerá sobre as anteriores".
Foi o que ocorreu com o candidato que conseguiu a revisão da nota: o terceiro corretor também havia considerado que o estudante fugiu do tema. Com isso, a única alternativa era recorrer à Justiça. A questão nesse caso é reaberta e a nota pode ser revista por um conselho do consórcio que aplica a prova.
O caso do jovem da escola Lourenço Castanho, no entanto, é único: de 28 demandas judiciais pedindo revisão em 2010, nenhuma foi concedida, diz o MEC. Neste Enem, já são 16 ações --e só este caso foi revisto até agora.
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