Cenas de jovens brigando por motivos banais. Agressões gratuitas e incentivadas por outros adolescentes num claro estímulo à violência, isso tudo na calçada de uma escola. Até que ponto isso é normal? Depois da repercussão nacional que expôs duas estudantes de Mossoró, uma da Escola Estadual Professor Abel Freire Coelho e outra do Centro de Educação Integrada Professor Elizeu Viana (CEIPEV), a situação é considerada resolvida pelos diretores das escolas.
De acordo com o diretor da Escola Abel Coelho, Francisco José, o assunto já foi superado, até porque mesmo envolvendo o nome das escolas, aconteceu em um ambiente ‘neutro’ a ambas instituições. “Nós fizemos uma reunião com os pais das duas alunas lá na escola Elizeu Viana, onde tudo ficou esclarecido”, afirmou.
O diretor destacou que as escolas não são rivais, e que em uma investigação feita pelas duas escolas, os motivos da briga não tinham relação com uma possível competição entre as escolas.
“Foram questões de adolescentes, o que pudemos ver, inclusive nas gravações foi de que tinha um incentivo dos outros alunos e depois que o motivo partiu de um disse me disse”, continuou.
Ainda segundo Francisco José, foi decidido pelas próprias alunas que juntas passariam em todas as salas das duas escolas, pedindo desculpas pelo ocorrido e pela exposição negativa dos nomes das instituições de ensino, o que já foi feito.
“Elas duas vieram de sala em sala, aqui e lá no Elizeu se desculpando com os demais alunos. E ainda partiu delas mesmas criar uma página na internet sobre amizade”, destacou.
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Para o diretor houve irresponsabilidade das pessoas que gravaram as imagens. “As pessoas botam as coisas na internet sem medir as consequências. Isso foi uma surpresa para nós tanto do Abel, quanto do Elizeu, porque se tratou de duas alunas ótimas, que não tinham nenhum registro de acontecimentos parecidos antes”, disse.
A vice-diretora do Ceipev, Ivete Carlos, ressaltou que não há rivalidade entre as escolas e lembrou que as alunas se desculparam inclusive em frente a um representante da 12ª Diretoria Regional de Educação (12ª DIRED).
“Elas foram suspensas por três dias creio que já aprenderam a lição. Toda a confusão foi gerada de um disse me disse entre outros estudantes”, afirmou.
A vice-diretora afirmou não ter entendido a proporção a qual chegou a situação. “Eu acho que existem outras coisas mais importantes que deveram ser tratadas nacionalmente do que um caso como esses”, concluiu.
As duas estudantes, menores de idade, não foram autorizadas a falar com a reportagem do jornal GAZETA DO OESTE. Ambas têm 16 anos.
Com informações da repórter Monalisa Cardoso
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