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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Estado não cumpre acordo e médicos podem entrar em greve


Os médicos lotados no Estado do Rio Grande do Norte retiraram ontem, em assembleia, indicativo de greve a ser definido no próximo dia 4 de outubro. O indicativo foi motivado pelo posicionamento do governo, que depois de um acordo celebrado com a categoria não irá mais transformar o reajuste dos médicos em seu novo piso salarial.

Dessa forma, o governo reduz os ganhos positivos para os médicos com a implantação do PCCV e deixa de fora médicos que não possuem gratificação alguma e os aposentados. Assim, os médicos reivindicam a real transformação dessa incorporação em um novo piso da categoria e que o direito de recebê-lo se estenda a todos os médicos.

Os médicos reivindicam ainda, o pagamento retroativo do plano. Já que, seguindo o acordo firmado através de documento consolidado entre o sindicato e o chefe do Gabinete Civil do RN, Paulo de Tarso, a partir de setembro a categoria teria direito a incorporação de 100% da gratificação e o pagamento de um valor retroativo, já que a gratificação foi totalmente incorporada em junho, mas com efeitos financeiros apenas no mês de setembro.

O reajuste de 3% no salário base, referente à progressão salarial garantida por lei através do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos é outra reivindicação da classe. Apesar da última avaliação dos servidores ter sido concluída há mais de seis meses o reajuste ainda não foi implantado. Ou seja, o Estado ainda não pagou a mudança de nível equivalente a uma progressão por tempo de serviço, feita mediante avaliação de desempenho.

“O plano garantia aos médicos a instituição de um novo piso salarial para a categoria e o Governo do Estado agora não que arcar com seus compromissos”, alegou Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed RN.

Outra reivindicação dos médicos e que atinge diretamente a população é a melhoria nas condições de trabalho e de atendimento. Durante a assembleia, diversos médicos destacaram as dificuldades enfrentadas nos hospitais e em especial a quantidade de doentes espalhados pelos corredores do Walfredo Gurgel.

A assembleia que poderá definir o início de uma nova paralisação dos médicos acontece dia 4 de outubro às 19h30, no Sinmed.

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