Há pelo menos três semanas, alunos de nível superior da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) - campus de Caraúbas - não assistem a aulas por falta de transporte. Cerca de 40 alunos dividem as despesas de dois ônibus com a Prefeitura de Apodi, mas segundo as entidades que os representam, há cinco meses o dinheiro municipal não está sendo repassado.
Embora não seja uma obrigação da Prefeitura custear despesas de ensino superior, é tradição no município esse apoio financeiro, que representa hoje a manutenção de oito ônibus, sendo os outros seis direcionados às instituições de ensino superior de Mossoró, atendendo a mais de 600 universitários e estudantes técnicos.
O estudante da Ufersa-Caraúbas Hugo Alexandre Monteiro Souza Silva enviou e-mail à redação do DE FATO denunciando a falta do transporte e o prejuízo estudantil.
Ele alega que a Prefeitura repassa, todo mês, R$ 20 mil para atender os ônibus, mas tem excluído os de Caraúbas que, por isso, deixaram de fazer o trajeto. "O recurso da Prefeitura é dividido entre todos os ônibus e a outra parte é paga por nós estudantes, e já chegamos a pagar 50 reais mensais, tanto alunos de Mossoró quanto os de Caraúbas, sendo que as distâncias não são as mesmas", reclama.
Todo o dinheiro, tanto dos alunos quanto da Prefeitura, é repassado para duas instituições: Grupo de Apoio ao Estudante (GAE) e Associação de Estudantes de Técnicos (AENTS), que ficam responsáveis pelo pagamento dos transportes. Nos últimos meses, houve desentendimento entre os responsáveis pelas instituições e a Prefeitura, deixando uma dúvida e um prejuízo para os alunos.
Jerlandson Moreira, estudante do curso de bacharelado em Ciência e Tecnologia, disse que para não perder as aulas tem ido de motocicleta da zona rural de Apodi até Caraúbas. Ele é acompanhado por outros quatro motociclistas, cada um com uma garupa, enfrentando os perigos de uma das estradas mais perigosas da região. "Quando íamos de ônibus tínhamos uma escolta da Polícia por já termos sido assaltados algumas vezes. Agora, de moto, é ter fé em Deus", disse o estudante.
Segundo ele, todo mês pagava R$ 45,00 ao GAE e Aents para utilizar o ônibus, mesmo assim o veículo deixou de passar. "Dos 40 alunos da nossa região, pelo menos 30 estão sem ir às aulas há três semanas. E agora estamos no período de prova", lamenta.
ENTIDADES
O presidente da Associação de Estudantes de Técnicos, Pedro Vitor Alves, garantiu que, ainda ontem, os ônibus de Caraúbas voltariam a trafegar. "Conversamos com o motorista hoje (ontem) e acertamos que ele vai voltar", assegurou. A dívida de cinco meses passa dos R$ 7 mil e o representante dos estudantes reclama que a Prefeitura não tem destinado dinheiro para esse trajeto.
Segundo Pedro, cada ônibus custa, em média, R$ 5 mil para fazer o trajeto diariamente, sendo que a Prefeitura repassa para todos os ônibus a metade (R$ 20 mil) e os alunos o restante (R$ 20 mil).
Embora não seja uma obrigação da Prefeitura custear despesas de ensino superior, é tradição no município esse apoio financeiro, que representa hoje a manutenção de oito ônibus, sendo os outros seis direcionados às instituições de ensino superior de Mossoró, atendendo a mais de 600 universitários e estudantes técnicos.
O estudante da Ufersa-Caraúbas Hugo Alexandre Monteiro Souza Silva enviou e-mail à redação do DE FATO denunciando a falta do transporte e o prejuízo estudantil.
Ele alega que a Prefeitura repassa, todo mês, R$ 20 mil para atender os ônibus, mas tem excluído os de Caraúbas que, por isso, deixaram de fazer o trajeto. "O recurso da Prefeitura é dividido entre todos os ônibus e a outra parte é paga por nós estudantes, e já chegamos a pagar 50 reais mensais, tanto alunos de Mossoró quanto os de Caraúbas, sendo que as distâncias não são as mesmas", reclama.
Todo o dinheiro, tanto dos alunos quanto da Prefeitura, é repassado para duas instituições: Grupo de Apoio ao Estudante (GAE) e Associação de Estudantes de Técnicos (AENTS), que ficam responsáveis pelo pagamento dos transportes. Nos últimos meses, houve desentendimento entre os responsáveis pelas instituições e a Prefeitura, deixando uma dúvida e um prejuízo para os alunos.
Jerlandson Moreira, estudante do curso de bacharelado em Ciência e Tecnologia, disse que para não perder as aulas tem ido de motocicleta da zona rural de Apodi até Caraúbas. Ele é acompanhado por outros quatro motociclistas, cada um com uma garupa, enfrentando os perigos de uma das estradas mais perigosas da região. "Quando íamos de ônibus tínhamos uma escolta da Polícia por já termos sido assaltados algumas vezes. Agora, de moto, é ter fé em Deus", disse o estudante.
Segundo ele, todo mês pagava R$ 45,00 ao GAE e Aents para utilizar o ônibus, mesmo assim o veículo deixou de passar. "Dos 40 alunos da nossa região, pelo menos 30 estão sem ir às aulas há três semanas. E agora estamos no período de prova", lamenta.
ENTIDADES
O presidente da Associação de Estudantes de Técnicos, Pedro Vitor Alves, garantiu que, ainda ontem, os ônibus de Caraúbas voltariam a trafegar. "Conversamos com o motorista hoje (ontem) e acertamos que ele vai voltar", assegurou. A dívida de cinco meses passa dos R$ 7 mil e o representante dos estudantes reclama que a Prefeitura não tem destinado dinheiro para esse trajeto.
Segundo Pedro, cada ônibus custa, em média, R$ 5 mil para fazer o trajeto diariamente, sendo que a Prefeitura repassa para todos os ônibus a metade (R$ 20 mil) e os alunos o restante (R$ 20 mil).
Secretaria reclama da falta de informação
A Secretaria Municipal de Educação reclama que o Grupo de Apoio ao Estudante (GAE) e a Associação de Estudantes de Técnicos (AENTS) não tem repassado as informações solicitadas, dificultando o entendimento com o poder público.
O secretário Izauro Neto, "Vera", disse que a Prefeitura já chegou a ser notificada pelo Ministério Público por não poder financiar atividades que envolvam o ensino superior, por se tratar de responsabilidade do Estado e do Ministério da Educação. "Mesmo assim, estamos repassando os R$ 20 mil acordados no início", disse.
De acordo com Vera, recentemente os representantes dos estudantes pediram mais R$ 2 mil para complementar os pagamentos, mas não enviaram os formulários com o número e identificação dos alunos solicitados pela Prefeitura. "Parece que eles não se entendem e querem apenas que a Prefeitura repasse mais recursos. O problema é que eles não prestam contas. Se me perguntar quantos alunos usam os ônibus hoje, nós não sabemos", disse.
Vera disse ainda que, embora eles estejam pedindo mais dinheiro, o último levantamento, realizado pela Secretaria, identificou que está sobrando R$ 1.600,00 do dinheiro repassado e arrecadado.
A Secretaria Municipal de Educação reclama que o Grupo de Apoio ao Estudante (GAE) e a Associação de Estudantes de Técnicos (AENTS) não tem repassado as informações solicitadas, dificultando o entendimento com o poder público.
O secretário Izauro Neto, "Vera", disse que a Prefeitura já chegou a ser notificada pelo Ministério Público por não poder financiar atividades que envolvam o ensino superior, por se tratar de responsabilidade do Estado e do Ministério da Educação. "Mesmo assim, estamos repassando os R$ 20 mil acordados no início", disse.
De acordo com Vera, recentemente os representantes dos estudantes pediram mais R$ 2 mil para complementar os pagamentos, mas não enviaram os formulários com o número e identificação dos alunos solicitados pela Prefeitura. "Parece que eles não se entendem e querem apenas que a Prefeitura repasse mais recursos. O problema é que eles não prestam contas. Se me perguntar quantos alunos usam os ônibus hoje, nós não sabemos", disse.
Vera disse ainda que, embora eles estejam pedindo mais dinheiro, o último levantamento, realizado pela Secretaria, identificou que está sobrando R$ 1.600,00 do dinheiro repassado e arrecadado.
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