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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Educação pública não oferece razões para comemorar Dia do Estudante


A data de hoje marca o Dia dos Estudantes. Mas, ao contrário do que deveria acontecer, a ocasião não é recebida com muita empolgação por parte dos alunos das instituições públicas do Estado. Com os problemas que acometem a educação, eles acabam sem ter muito o que comemorar.

“Não tem muito não, porque a gente passou três meses em greve”, diz a estudante do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Professora Maria Estela Pinheiro Costa, Magda Cristina.

Ela conta que acompanhou a mobilização dos professores pela televisão e chegou a presenciar algumas ações realizadas em espaços públicos. “Apoiei, mas prejudicou, principalmente para a gente do 3º ano, que vai deixar de ver muita coisa”, comenta Magda que irá prestar vestibular, mas, em virtude dos problemas ocasionados pela greve não se sente preparada. “Não estou muito, não. Estou estudando só em casa. Não tenho dinheiro para fazer cursinho”, afirma.




Com relação ao resultado da greve, a estudante comenta: “Não foi bom porque eles não atingiram o objetivo, só a promessa, como sempre. Porque quando se fala em educação fica sempre em segundo, terceiro plano”, comenta.

A colega de classe Bárbara Cristina compartilha a opinião e descarta razões para comemorar. “Não, no momento não. Porque a situação fica muito complicada”, conta. Ela diz que se sentiu aliviada com o final da greve, pois acredita que se a paralisação continuasse os prejuízos para os alunos seriam ainda maiores.

Pedro Henrique, aluno do 2º ano do ensino médio do Caic também não se sente estimulado com a data. “As coisas para os estudantes não melhoraram muito”, comenta.




Ele lembra que, assim como ele, há alunos contando com a sensibilidade dos outros e estudando em prédios que não pertencem à escola, mas que sediam as atividades.


A questão é que os estudantes do Caic do Belo Horizonte assistem aulas na sede do Ambulatório José Pereira de Lima, porque o prédio está interditado há quase um ano. O diretor da escola, José Pereira de Lima, conta que, assim como na casa onde os alunos e professores realizaram atividades logo após a interdição do prédio, na atual sede a situação não é satisfatória. “A estrutura lá também não é boa. Nós estamos lá porque os alunos precisam estudar para não perder o ano”, conta.

Segundo ele, os alunos pensam em protestar contra a situação. “Alunos do Caic estão se mobilizando para agilizar a decisão do governo, porque eles já tiveram paciência demais”, informa.

O diretor conta que deu entrada em um requerimento, junto à Câmara Municipal, solicitando uma nova audiência para discutir a situação da escola. O requerimento foi aprovado, mas a audiência ainda não tem data marcada para acontecer.


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