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quinta-feira, 4 de agosto de 2011


Ninguém briga na política de ApodiJOSÉ DE PAIVA
De Apodi
Por enquanto ainda não há adversários na política de Apodi. Se depender dos pré-candidatos, as diferenças do passado ficaram lá mesmo e agora tudo é possível, independentemente de cores ou cartilha. A impossibilidade de união parece mesmo acontecer apenas entre o professor Flaviano Monteiro (PC do B) e a prefeita Goreti Pinto (PMDB), que não abrem mão de seus projetos políticos.
O racha no PMDB que afastou da situação o articulador político, Agostinho Pinto, foi um episódio à parte. Porque, ao brigar com o primo, Klinger Pinto, esposo da Prefeita e presidente do partido, Agostinho foi procurar abrigo na casa do antigo opositor, ex-prefeito José Pinheiro Bezerra (PR). Teria sido ele quem articulou, recentemente, um encontro do ex-prefeito com Flaviano, esquentando os bastidores políticos da cidade.
Mas nem isso foi suficiente para acirrar os ânimos. O encontro teria sido arranjado para viabilizar uma aproximação entre as duas lideranças com vistas a uma dobradinha em 2012. Mas o professor Flaviano disse apenas que cada um deve viabilizar sua candidatura para ver no que dá.
Se depender de Pinheiro, "as portas estão abertas". Com isso, o velho político de 40 anos de experiência quis dizer que está apto a conversar com todo mundo, até mesmo com seu maior desafeto, Klinger Pinto, responsável pela sua saída do PMDB nas prévias da campanha municipal de 2008. Pinheiro assegurou, inclusive, que "é possível sair como vice" numa chapa, mas isso foi desconversado por um de seus assessores.
Pinheiro está sendo considerado um peso importante para a próxima campanha. Alguns arriscam dizer que ele pode ser o "fiel da balança", e até mesmo ele crê nisso. "Às vezes quero acreditar que não sou, mas é tanta conversa que chego a acreditar", disse.
Para o ex-prefeito, a gestão de Goreti "podia estar bem melhor", mas essa foi a maior crítica que fez a atual gestão. Já com relação à antiga rixa com o PMDB, ele até amenizou dizendo que "Agostinho nem teve tanta culpa" e mesmo Klinger, que forçou o racha, não foi tão responsável quanto o senador Garibaldi Filho, atual ministro da Previdência Social, que também será perdoado.
Pinheiro está disposto a abrir mão dessas más lembranças e conversar com todos. Do seu lado já estão nomes que até ontem pareciam impossíveis. O grupo Democrático é formado pelo seu PR, pelo PV da ex-vereadora Dagmar Suassuna, mas também pelo PSB do ex-prefeito Simão Nogueira Neto e o PSDB do empresário Dalton Filho. Neste grupo está ainda o contador Fanfanta Duarte, cunhado e principal articulador do grupo do vice-prefeito Vandinho Marinho.

A presença do DEMNo meio de tudo isso, ainda aparece o Democratas. O presidente, Batista Araújo, é outro que se dispõe a conversar com todo mundo. O partido aproveita a boa situação no Estado para se reestruturar, trazendo de volta lideranças como a ex-diretora da Dired, Raimunda Ferreira Freire, a "Mundinha", e a médica Solange Noronha.Batista enfatizou a preferência pelo projeto de Flaviano, mesmo ainda sendo aliado da prefeita Goreti, mas deixou claro que preferência não é decisão. "Na campanha passada também tínhamos essa preferência, mas na hora de fechar a conversa foi outra", esclareceu.A boa relação do professor com o DEM pode ter outros interesses, como o de atrair a governadora Rosalba Ciarlini para o palanque da oposição, uma vez que já conta com o apoio do vice-governador Robinson Faria, do PSD, partido do empresário José Maria da Silva, que foi candidato a vice em sua chapa.
Pinheiro entre o PMDB e o recente PSD
A especulação de que Pinheiro pode vir a ser o "fiel da balança" está na escolha que ele fará nos próximos meses. O ex-prefeito quer deixar o PR do atual vice-presidente da Câmara, Evangelista Câmara, mas está dividido entre dois ou três partidos. Ontem ele não descartou a possibilidade de voltar para o PMDB, esquecendo de vez toda a confusão do passado. Recentemente um enviado de Klinger andou conversando com ele, mas Pinheiro disse esperar o momento certo para conversar com próprio. "Ainda existem feridas", afirmou Pinheiro, repetindo em seguida que, mesmo assim, "as portas estão abertas".
Um dos assuntos discutidos na reunião com o professor Flaviano Monteiro teria sido a possibilidade de ingresso no PSD, de Robinson Faria. No entanto, nem um retorno foi dato até o momento. Flaviano disse que a conversa tinha ido para outro lado, por isso não deu retorno. "Até porque quem decide sobre o PSD é José Maria", adiantou. Zé Maria, por sua vez, disse que não foi comunicado sobre a conversa, mas que "Pinheiro será muito bem vindo".
Há quem diga ainda que qualquer mudança de partido depende de seu genro, suplente de deputado Kelps Lima. Pinheiro estaria negociando com ambos os partidos para que este fosse convidado a assumir algum cargo no primeiro escalão ou mesmo na própria Assembleia Legislativa. O ex-prefeito negou que isso estivesse acontecendo e afirmou, categoricamente, que "a situação de Kelps não influencia em Apodi".
Pinheiro também pode ingressar no DEM, possibilidade que não foi descartada por Batista Araújo. Isso porque o ex-prefeito votou e apoiou o senador José Agripino na última eleição.


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