"O Brasil ainda não encontrou os seus caminhos para o combate ao analfabetismo infantil porque vive impregnado por ideologias que prejudicam os alunos e as universidades vivem estagnadas, alheias aos avanços científicos e apegadas a teorias ultrapassadas". A declaração é do presidente do Instituto Alfa e Beto, João Batista Oliveira, organizador do seminário internacional que será realizado terça-feira sobre estratégias de alfabetização. Para ele, a capacidade de gerenciamento e implementação das redes de ensino no Brasil é muito limitada, o que impede avanços mais consideráveis, mesmo diante de boas ideias.
Ele explica que o Fundeb deveria garantir o processo de alfabetização, num sentido amplo, começando desde o berço. Mas a alfabetização propriamente dita deve ser feita na escola, no 1º ano do ensino fundamental. Antes da nova lei, as escolas particulares alfabetizavam as crianças no último ano da pré-escola, agora elas o fazem no 1º ano do E.F. Isso deve ser assim. Infelizmente, no Brasil, as autoridadesnão chegaram a estabelecer o óbvio, que todos os pais esperam, isto é, que seus filhos aprendam a ler e escrever no 1º ano que entram na escola.
Ele explica que o IAB está presente em várias redes estaduais e em centenas de municípios. "Nossos programas vêm sendo bem avaliados, mas o sucesso do programa depende muito da qualidade da implementação. Onde o programa é bem implementado, o grau de sucesso chega a quase 100% dos alunos alfabetizados. Além da alfabetização, o IAB tem vários outros programas, que vão desde a Primeira Infância até o final das séries iniciais do ensino fundamental. Todos esses programas apresentam duas características importantes: são todos baseados em evidências científicas sobre o que melhor funciona e todos eles são estruturados, de forma a facilitar o trabalho do professor.
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