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terça-feira, 16 de agosto de 2011

POR QUE O PROFESSOR GANHA POUCO NO BRASIL? Parte I


POR QUE O PROFESSOR GANHA POUCO NO BRASIL? Parte I

por Bruno Coriolando

Depois desse texto, você será capaz de me odiar, pois acredito que não seria capaz de ler o mesmo sem a ajuda que obteve de algum professor um dia. Essa luta pela educação não é só de uma área, mas de uma nação.
Para começar a responder a essa pergunta, precisamos entender quem é o zelador da educação nesse país. No Brasil, o governo deveria ser o grande responsável pela manutenção da coisa publica. Bobagem, aqui está tudo entregue a um bando de sanguessugas. Não existe visão e os investimentos mais servem para cobrir rombos, gastos desnecessários e roubos do que para o que julgamos ser correto: o investimento em um país melhor.

Voltando a pergunta que serve também como título desse texto, tenho dito ao longo da minha vida que educação será sempre aquele setor usado para eleger alguns em época de campanha. Não haverá mudança se dependermos de políticos que não passaram pelas mazelas do nosso povo.


Comecemos pela visão que nossos governantes têm a respeito da palavra investimento. Quase 100% deles acreditam que dá dinheiro para a área do petróleo é investir, mas para a educação é gasto. Começo a acreditar que votar também deveria ser considerado gasto, pois gastasse muito para ter um pleito.

Acreditem, já foi bem pior. Antigamente, mas nem tão antigamente assim, os filhos de agricultores só tinham pela frente uma perspectiva: serem agricultores como os pais. 

Com o passar do tempo, surgiram aqueles que queriam “ensinar outras coisas”, mas não havia regulamentação nem preparo para tanto. O ensino era bem precário mesmo.

O tempo mudou, as necessidades mudaram, mas a educação ficou estagnada nessa visão, mesmo depois dos professores passaram a se preparar mais e melhor a coisa continua ruim.

Por que um professor ganha tão pouco no Brasil? Resposta simples: não são bem vistos pelo governo, pois “ensinar” a pensar criticamente pode ser uma arma muito perigosa nas urnas. Algo extremamente destruidor.

Como proposta, acredito que tornar a escola cada vez mais publica, obrigando os filhos e netos de políticos a cursarem as aulas como alunos regularmente matriculados, pode não só mostrar coerência, como também forçar o investimento nesse setor, pois qual político vai querer ver seu filho ou neto sem nenhuma perspectiva de vida como o resto de nós?
Fico triste quando imagino que pessoas como Paulo Freire, que deixaram um vasto legado para a educação, teriam que viver com um .salario mínimo de professor em um país tão rico como esse nosso.

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