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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Primeiros resultados das greves. PARTE I

Os seres humanos são mesmo muito desprezíveis. Digo isso baseado na informação que tenho diante de meus olhos (http://uern.br/administracao/agecom.asp?menu=noticia&notid=3398). Durante esse ano letivo a escola do estado do rio grande do norte está em greve, como eles mesmos definiram, por tempo indeterminado. Qual delas tem um tempo determinado para acabar? O que acontece aqui é que não apenas eles não conseguiram o que pediram, como também perderam o que tinham: os contratos dos professores substitutos foram “cancelado s”. Até ai tudo bem, mas o que acontece é que eles, em momento algum, assumem que fizeram errado em relação à essa velha formula. Greve é coisa velha; do passado. Os grandes prejudicados com isso são os alunos e a sociedade de forma geral.
Quando se faz uma greve dessas, temos que pensar em suas possíveis consequências; quantas pessoas sairão prejudicadas e etc. quando digo que greve é coisa do passado, digo isso baseado em todos os resultados adquiridos com as greves que já presenciei.
Ao fazer a opção pela greve, os seus responsáveis não pensaram nos alunos que precisam da graduação para seguir suas vidas; prestar concursos públicos, cumprirem compromissos assumidos e, em muitos casos, se livrarem das amarras impostas pelo ensino superior incompleto. Além disso, quem fez opção pela greve não pensou naquelas pessoas que são de outras cidades e que pagam aluguel apenas porque precisam residir na cidade onde estudam. O aluguel não para; as aulas sim.
Acho que lutar pelos seus direitos e algo imprescindível; necessário e importante para a manutenção do direito, mas greve já mostrou ser um caminho arcaico. Enquanto as aulas estão paradas, os alunos precisam se reinventar. Não me entendam de forma errônea, mas argumentar que os contratos foram rescindidos apenas para não mostrarem a fraqueza do movimento grevista não me parece salutar.
Logo essa greve terminará e todos os seus responsáveis serão obrigados a voltar, infelizmente, com a sensação de derrota. Estou do lado daqueles que lutam por dias melhores nesse país, mas acima de tudo, estou do lado dos jovens, dos alunos que mudarão os rumos desse país.
Já fui professor substituto e sei o que deve estar acontecendo com os que tiveram seus contratos “provisoriamente” rescindidos. Outro dia, alguns alunos meus disseram que não prestariam vestibular nessa universidade porque não queriam correr o risco começar um curso e não terminar... Fico até sem argumento para defender a instituição onde me formei.
Educação nesse país deveria ser totalmente privatizada. Assim teríamos ensino de qualidade, ou demissões; professores em salas de aulas praticando seu oficio. Essa profissão não dá dinheiro, para ser PROFESSOR tem que gostar do que está fazendo sem pensar em recompensa financeira. Entrou nessa, tem que saber disso logo antes, ninguém pense “comigo vai ser diferente”, pois quem joga os dados é o sistema.
Vem mais greve por ai: IFs.


Bruno Coriolano

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