O empregado de uma funerária da cidade de Araxá (367 km de Belo Horizonte) foi surpreendido nesta terça-feira (2) com o choro de uma recém-nascida cujo corpo era preparado para ser enterrado. O bebê, dado como morto, tinha sido retirado da Santa Casa de Misericórdia da cidade.
De acordo com João Carlos Alves Pereira, 32, a família havia feito contato com ele para buscar o corpo da menina nascida hoje, de forma prematura, na unidade hospitalar.
De acordo com João Carlos Alves Pereira, 32, a família havia feito contato com ele para buscar o corpo da menina nascida hoje, de forma prematura, na unidade hospitalar.
“O corpo veio em uma caixa de papelão. Ao chegar ao necrotério da empresa, eu fui retirar ela da caixinha para passar para a urna [funerária] e [percebi que] ela começou a respirar e chorar”, relatou.
Pereira disse então que pediu ajuda a um colega de trabalho para verificar se realmente a menina respirava. “Eu o chamei para ver se eu não estava ficando doido. Ele confirmou que ela estava respirando e imediatamente ligamos para a Santa Casa.”
O bebê foi levado até o hospital em um carro particular em companhia do avô e de uma mulher que seria a futura madrinha da criança –ambos estavam no local para acompanhar os preparativos do enterro. De acordo com Pereira, os familiares moram na zona rural da cidade.
“Saiu todo mundo correndo e, chegando à Santa Casa, a própria médica que estava cuidando dela anteriormente a recebeu das minhas mãos”, lembra.
O homem disse ter sentido, ao mesmo tempo, “susto e alegria”, mas afirmou também ter ficado “revoltado” pelo suposto erro da unidade hospitalar.
“Eu nunca imaginaria, nesses 18 anos que eu trabalho aqui, de passar por uma situação dessas. Graças a Deus, eu tive forças para salvar a criança. Não sei quem tem culpa nisso, mas essa situação me causou muita revolta”, disse.
“Eu nunca imaginaria, nesses 18 anos que eu trabalho aqui, de passar por uma situação dessas. Graças a Deus, eu tive forças para salvar a criança. Não sei quem tem culpa nisso, mas essa situação me causou muita revolta”, disse.
A reportagem do UOL Notícias entrou em contato com o hospital, mas foi informada que ninguém da administração estava no momento para falar sobre o assunto.
O funcionário da funerária disse que um boletim de ocorrência foi feito pela família e que seu nome constou no documento como sendo uma das testemunhas.
A reportagem tentou contato com a família, mas ninguém foi localizado. Já o delegado de plantão da cidade disse que ainda não estava ciente do caso.
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