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segunda-feira, 30 de maio de 2011

ENERGIA ELÉTRICA ROUBADA



O total de energia elétrica furtada por meio de ligações clandestinas - popularmente conhecidas como "gatos" - no Estado do Rio de Janeiro em um período de 12 meses seria suficiente para abastecer os 6,2 milhões de habitantes de Santa Catarina por um ano. A quantidade de energia desviada – 7,8 mil gigawatts – equivale a uma vez e meia a produção anual da usina nuclear de Angra 1.
Os números se baseiam em estimativas da Light e da Ampla, concessionárias que fornecem energia aos 92 municípios fluminenses. O prejuízo dos “gatos” é estimado em R$ 1,25 bilhão e pode estar subestimado, segundo as concessionárias. Além de ser crime - o artigo 155 do Código Penal prevê pena de um a quatro anos de prisão -, o furto de energia oferece riscos 
O Rio é o Estado do Sudeste com o maior número de casas que recebem eletricidade de concessionárias, mas sem relógios medidores, segundo aponta o Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A ausência desses relógios é um indício de fraude. Somados, cerca de 5% dos clientes da Light e da Ampla (262 mil casas) não têm medidores de energia. No Estado de São Paulo, por exemplo, essa proporção cai pela metade: 2,6% do total.
O Censo 2010 também aponta que mais de 65 mil domicílios fluminenses têm acesso à energia elétrica “de fonte desconhecida”, o que coloca o Rio em terceiro lugar entre os Estados brasileiros (esse total inclui geradores usados em áreas rurais, por exemplo).
Energia cara e furtos no "asfalto"
A combinação do aumento da informalidade - principalmente nos setores de comércio e serviços -, a favelização da capital e da região metropolitana e os altos preços ajudam a explicar porque os furtos de energia no Rio atingiram níveis tão altos, segundo o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires. Os impostos aumentam ainda mais o preço da energia no Estado
Pires diz que quase metade da conta paga pelo consumidor é composta por impostos federais e estaduais, situação especialmente crítica para os consumidores do Rio, cujo ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para energia elétrica tem alíquotas de até 30%, uma das mais altas do Brasil.
- Uma coisa que leva ao roubo é que a energia é muito cara, e isso não é porque as concessionárias estão ganhando muito dinheiro, mas porque 50% da conta de energia elétrica é imposto.
Apesar de o processo de favelização ter criado as condições ideais para a proliferação dos "gatos de energia", atualmente as ligações clandestinas se concentram fora dos morros: 60% dos casos de irregularidades estão no "asfalto" - em residências fora das comunidades - e 40% em áreas consideradas “de risco” pelas concessionárias.

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