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domingo, 22 de maio de 2011

O PECADO DA GULA: MORRER QUE NEM PEIXE... PELA BOCA!


Segundo o dicionário Aurélio, gula é o "apego excessivo a boas iguarias", ou ainda "excesso na comida e na bebida".

Nem mesmo a igreja católica, classificando-a entre um dos sete pecados capitais, preocupa-se com as razões que levam os seus fiéis a comer sem prazer qualquer tipo de alimento, sem conseguir saciar aquilo que, naquele momento, o inocente pecador chama de fome.

 Em verdade o guloso não tem consciência de que aquilo que para ele nem sempre é um problema, está carimbado como um estigma desde suas primeiras horas de vida: todos nós começamos a conhecer o mundo através da boca.

Uma criança nasce, cresce e chora. Está com fome, com frio,solitária, não consegue entender o que está acontecendo. Fica assustada e confusa. Em qualquer uma dessas situações a mãe
pega a criança e a leva ao seio: a criança se sente bem novamente.

Quando o bebê chora a mãe associa o choro à fome e mesmo que a criança esteja saciada oferece o peito que é aceito prontamente como forma de carinho e aconchego. E nós adultos, o que fazemos? Sentimos fome, vamos à geladeira. Sentimos frio, vamos até a geladeira. Estamos solitários, vamos até a geladeira. Não entendemos o que está acontecendo no mundo, vamos à geladeira. Estamos deprimidos, vamos à geladeira.

Na realidade, para cada situação de insatisfação, solidão, depressão, buscamos a comida...

E quanto mais se come, mais se perde o controle, desencadeando um sentimento de frustração, ansiedade e culpa, gerando assim uma grande insatisfação pessoal e também com o mundo.

A gula pode ser encarada como um comportamento "over", excessivo, que se manifesta em vários outros planos como o emocional, sexual, social, financeiro, etc.

A gula é, portanto, um importante sinalizador que avalia o momento que a pessoa está vivendo; o que precisa ser transformado, mudado ou substituído.

Sintetizando, a gula é um comportamento compulsivo onde existe uma insatisfação total e irrestrita consigo mesmo e a tentativa de encontrar um remédio para esta angústia, desencadeia sentimentos de frustração e ansiedade que se aplacam com o avassalador ataque ao seu objeto de "prazer".
Por:
Sonia Cristina Camargo Bessa 
Formada em Psicologia pela FMU, atua há 13 anos na área de Clínica do Emagrecimento. Especialista em Terapia Reichiana (Bioenergética e Linguagem Corporal)

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