aurea cunha/aeEm todo o país, mais de 9 mil armas já foram recolhidas nos últimos dois meses. No RN, campanha só inicia no final de agosto
O objetivo do Ministério da Justiça era chamar atenção para a problemática do porte de armas de fogo com a tragédia em Realengo, no Rio de Janeiro, onde doze crianças acabaram baleadas e mortas. Problemas estruturais e de logísticas atrapalharam a execução da campanha no estado. O secretário adjunto de segurança pública, Silva Júnior, tem uma interpretação diferente quanto à demora no início da coleta. "Não houve atraso porque a campanha será contínua", argumentou.
Segundo ele, os contatos com a Polícia Federal, destino final do armamento coletado, já foram feitos e o recebimento está garantido. "O convênio com a PF foi firmado para receber as armas ao final da campanha. Estamos nos preparando para uma campanha com mais qualidade, dada a capilaridade dos postos de recebimento", declarou Silva Júnior.
O organizador da coleta e estudioso em direitos humanos, Marcos Dionísio, chama atenção para as novidades da campanha. "Quase 10 mil armas já foram entregues no Brasil no começo da campanha. A gente acredita que haverá um upgrade com a abertura de postos de coleta civis", afirmou.
Diferentemente de outras coletas que só ocorriam em estabelecimentos policiais, dessa vez igrejas e demais instituições podem sediar o recebimento das armas e incentivar a entrega voluntária. "Em Natal, já sabemos que a sede da OAB e algumas igrejas irão receber as armas. Está sendo estudada a implantação de um posto na UFRN", disse Dionísio.
O estudioso chama atenção para mais benefícios da campanha do desarmamento. "É uma campanha que recolhe armas e também tenta esclarecer e educar a população sobre o estatuto do desarmamento".
A Viva Rio é a ONG que auxiliou a CPI do Tráfico de Armas, instalada em 2006 na Câmara dos Deputados, e divulgou estudos sobre o tema, em parceria com o Ministério da Justiça.
http://tribunadonorte.com.br/noticia/campanha-comeca-com-atraso-no-rn/188312
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