O programa ‘Conexão saudável’, lançado na semana passada, deu início às suas atividades ontem, 19 de julho. A primeira ação do programa foi desenvolvida no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) do bairro Santo Antônio.
Ao todo, 30 jovens que fazem parte do programa Pró-Jovem Adolescente, sendo 15 pela manhã e 15 à tarde, participaram da atividade, conforme informou a coordenadora do CRAS do bairro Santo Antônio, Maria Izabel Melo.
Ela explica que nesse primeiro momento a ação se baseou na integração entre os participantes e na explanação do projeto. “Foi muito boa, inclusive agora à tarde eles se envolveram mais”, afirma Maria Izabel, se referindo à participação dos jovens.
A autora do projeto, a vereadora Cláudia Regina, explica que a ideia surgiu quando uma adolescente de 13 anos pediu para que fosse criado um projeto que ensinasse os jovens como utilizar a internet.
A intenção não é promover um curso de informática onde os participantes aprendam como utilizar os recursos disponíveis e sim, explicar como aplicar, da melhor forma possível o potencial do ambiente em rede. “Para criar uma consciência crítica nos jovens para usar a internet”, explica a idealizadora do programa.
Para que as ações sejam desenvolvidas, o programa conta com o apoio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMDICA). O projeto piloto será implantado em 13 Centros de Referência da Assistência Social (CRAS).
Inicialmente, as atividades irão abranger um total de 1.000 jovens com idade entre 12 e 17 anos de idade e serão realizadas através de oficinas. Essas oficinas serão realizadas as terças e quintas-feiras e todas as semanas dois CRAS serão atendidos.
O projeto é dividido em três módulos, e o encerramento será com um seminário para que os adolescentes coloquem em prática o que aprenderam.
Ao contrário do que se possa imaginar, os primeiros módulos do programa não utilizam computadores, pois, de acordo com Cláudia Regina, se o objetivo é criar uma consciência crítica nos jovens, é preciso construir conceitos.
Assim, o intuito é fazer com que os próprios jovens criem as suas concepções e mostrem que eles são os responsáveis pelas suas próprias vidas e respondem pelos seus conhecimentos.
A metodologia utilizada será a mesma empregada no programa ‘Viver sem droga’, cujo intuito é trabalhar a elevação da auto-estima dos participantes.
As atividades serão ministradas por uma psicóloga e uma assistente social, que contarão com a companhia de jovens, por considerar que se a mensagem for repassada pelos próprios jovens as ações terão mais eficácia.
Para Maria Izabel, parcerias como essa são importantes porque ajudam no desenvolvimento das ações do CRAS. Além disso, ela comenta que, atualmente, a internet é muito mal utilizada e, observando os jovens que frequentam o CRAS percebe que eles falam, muitas vezes, que utilizam o meio para paquerar e comenta que alguns já relataram, inclusive, que sofreram bullying, sem falar nos riscos da pedofilia.
LAN HOUSES
De acordo com Cláudia Regina, será deflagrado um projeto de conscientização dos proprietários de lan houses. Ela informa que será realizada uma reunião com o COMDICA e com o Ministério Público (MP). Ela explica que as casas de acesso contam com legislação própria, no entanto, o controle sobre os estabelecimentos é difícil. Cláudia Regina afirma que a Prefeitura não possui dados referentes à quantidade de lan houses na cidade, pois hoje, muitas pessoas abrem estabelecimentos como esses nas próprias garagens das residências.
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