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quinta-feira, 19 de maio de 2011

ENSINO DE ESPANHOL SENDO DISCRIMINADO!


Caros companheiros de luta!
De acordo com os emails que lhes enviei desde quarta-feira, lhes comentava da presença da Secretária de Estado de Educação e Cultura (Profª Betânia Ramalho) e lhes dizia do momento oportuno para conversarmos com ela sobre o rumo da língua espanhola no Estado do Rio Grande do Norte. Visitando o site da secretaria (http://www.educacao.rn.gov.br/contentproducao/aplicacao/seec/principal/enviados/index.asp), pude confirmar, através estrutura curricular do ensino médio regular, a exclusão do espanhol na 3ª série, bem como a redução da carga horária de 2 para 1 aula semanal na 1ª e na 2ª séries do E.M.
Após elaboração de uma solicitação de revisão desta estrutura curricular, os professores, Pedro, Solange, Iara e eu, como também nossas alunas da especialização em língua estrangeira, Beth e Samira, comparecemos ao Departamento de Educação para assistirmos à palestra da Secretaria (evento que inaugurou o mestrado em Educação na UERN) e aproveitarmos a ocasião para falarmos com ela.
A Secretária nos recebeu com muita cordialidade e nos pareceu pasma ao saber do “preconceito” que a língua espanhola estava sofrendo. Confirmou que era uma prática ainda da gestão passada e garantiu que olharia este caso, mas que tivéssemos paciência que a secretaria estava enfrentando muitos problemas. Aproveitando a presença do Jornal De Fato, pedi que acrescentassem na pauta da entrevista a nossa questão, para a população saber da nossa luta.  Vejam o que ela respondeu ao jornal:
ENTREVISTA
Secretária fala dos desafios da educação
Ellen Dias
Da Redação 

A secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho, esteve ontem em Mossoró. Pela manhã, ela teve uma reunião com representantes da 12a. Diretoria Regional de Educação, Cultura e Esportes (DIRED), em Mossoró, e diretores das escolas estaduais do município. À tarde, Betânia Ramalho ministrou uma palestra na faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), sobre a importância da pesquisa e da formação de professores no âmbito da pós-graduação. 
A secretária assumiu o cargo há pouco mais de dois meses. E, nesse pequeno período, segundo ela mesma conta, já teve de enfrentar muitas dificuldades. O Estado tem uma educação desestruturada, na avaliação da secretária, e botar ordem na casa não vai ser tarefa fácil nem imediata. 
Betânia Ramalho falou ainda sobre o concurso dos professores, mudanças indevidas na grade de disciplinas das escolas públicas, reformas estruturais e pedagógicas e ainda sobre o tão debatido caso do Caic do Belo Horizonte. 

JORNAL DE FATO - Como a senhora encontrou a Secretaria Estadual de Educação e quais são os principais desafios de sua gestão hoje? 
BETÂNIA RAMALHO - Responder isso de forma ampla seria muito difícil, porque os problemas são muitos. Desestrutura do quadro de professores, problemas de infraestrutura pedagógica e física também. Então, esses são alguns dos principais desafios para fazer que a educação consiga funcionar direito. No momento, o que existe é uma grande desarticulação. 

SOBRE a retirada da disciplina de Língua Espanhola das séries do terceiro ano do ensino médio e a redução da carga nas séries dos primeiro e segundo anos de duas para uma hora semanal, o que a senhora tem a dizer e por que essa medida foi tomada?
ISSO foi uma grande surpresa para mim. Eu assumi o cargo com essa estrutura em curso. A gestão não tem como resolver isso porque foi uma medida da gestão passada. Não sei como se permitiu isso. 

MAS há alguma chance de se resolver isso ainda neste ano e de esses alunos ainda terem acesso a essas aulas?
NÃO. Para este ano não dá mais.

A SENHORA pretende resolver isso no próximo ano? O concurso público para professor do Estado vai abrir vaga para professor de Língua Espanhola? 
AINDA não posso dizer. Vamos investigar essa ação da gestão passada, saber o porquê dessa medida e também avaliar as condições. Em relação ao concurso, vamos analisar de acordo com as vagas e com a disponibilidade de profissionais com formação.
 

(...)

Ao ser indagada pelo motivo que levou esta exclusão, ela julgou ter sido a falta de profissionais. Pronto, foi o momento perfeito para solicitarmos vagas para a língua espanhola já neste concurso previsto para este semestre. Ela nos disse que entregaria pessoalmente nossa solicitação, cuja estrutura curricular seguia em anexo, à comissão de vagas do concurso para que fosse considerada esta questão. A fim de mantermos feedback com ela, pegamos o seu email e lhe passamos o nosso.
O certo é que saímos com uma chama de esperança. Agora esperemos o edital do concurso. Caso não haja vagas para o espanhol, entraremos com um processo junto à promotoria pública.
Sem mais delongas, acredito que demos o 1º de muitos passos pelo cumprimento da lei federal e pelo respeito aos profissionais desta área.
Um cordial abraço!
Regiane de Paiva.

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