Baixo desempenho escolar, dificuldade de transcrever para o caderno o que está na lousa, impaciência, agressividade e ainda sintomas fisiológicos como dores de cabeça frequentes são sinais que podem ajudar os pais a identificar problemas visuais nas crianças, conforme explica a oftalmopediatra Dra. Maria Helena Saldanha.
Segundo a profissional, que atua no do Centro de Olhos de Mossoró (CEOM), os sintomas nem sempre são percebidos pelos pais. “A nossa maior aliada é a professora”, afirma. Isso porque, muitas vezes, as crianças ainda não sabem descrever o que estão sentindo. No entanto, quanto mais cedo o déficit visual for diagnosticado, menores serão os problemas enfrentados no futuro.
A oftalmologista explica que 80% da nossa visão se desenvolve no primeiro ano de vida. De um até os dois anos de idade ocorre a progressão de mais 10%. O restante é desenvolvido até os 10 anos de idade. Daí a importância de um diagnóstico precoce, que deve ser realizado por um profissional especializado.
Porém, muitas vezes, a primeira visita ao oftalmologista só ocorre entre os quatro, cinco anos de idade ou até depois desse período, quando, na realidade, a visita a um profissional dessa especialidade deveria acontecer nos primeiros dias de vida, pois há problemas cuja solução eficaz só pode ser adotada nas primeiras semanas após o nascimento.
Além disso, Dra. Maria Helena ressalta que, hoje em dia, a necessidade visual é muito grande. As crianças estão cada vez mais atentas e ligadas a computadores, jogos eletrônicos e monitores de TV, recursos que exigem bastante da visão. “Uma criança que não enxerga bem será um adulto que não enxerga bem”, alerta a oftalmopediatra.
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