O humorista Shaolin deixou o Hospital das Clínicas, na zona oeste de São Paulo, depois de ficar 145 dias internado. De acordo com a mulher do artista, Maria Laudicéia, apesar de voltar para casa, em Campina Grande, na Paraíba, o artista ainda não responde a comandos. O R7 conversou com médicos para entender porque Shaolin recebeu alta.
Segundo boletim informativo do Hospital das Clínicas, Shaolin deixou o quarto “em estado mínimo de consciência e clinicamente estável”, na sexta-feira (10). Gisele Sampaio Silva, médica assistente da Universidade Federal de São Paulo, explica que, após o coma, muitos pacientes evoluem para um estado vegetativo ou de consciência mínima.
- No estado vegetativo o paciente abre os olhos, mas não tem contato com o meio. Nesse estado, eles têm esse funcionamento de acordar e dormir, mas não recuperam a capacidade de interagir com o meio.
Segundo boletim informativo do Hospital das Clínicas, Shaolin deixou o quarto “em estado mínimo de consciência e clinicamente estável”, na sexta-feira (10). Gisele Sampaio Silva, médica assistente da Universidade Federal de São Paulo, explica que, após o coma, muitos pacientes evoluem para um estado vegetativo ou de consciência mínima.
- No estado vegetativo o paciente abre os olhos, mas não tem contato com o meio. Nesse estado, eles têm esse funcionamento de acordar e dormir, mas não recuperam a capacidade de interagir com o meio.
Ela disse que o estado de consciência mínima é um pouco mais evoluído que o vegetativo.
- O paciente pode ter algumas respostas rudimentares, como chorar quando vê a família, por exemplo. Mas não consegue se movimentar, não consegue se mover, ainda tem um contato muito limitado com o meio ambiente.
A mulher de Shaolin contou ao R7 que ele responde a alguns estímulos, porém não responde a comandos.
Gisele explica que nesses casos, se o paciente não precisar de cuidados específicos do hospital, ele pode ser liberado para ir para casa. Sonia Brucki, vice-coordenadora do Departamento de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia, concorda e diz que, caso o paciente não precise ficar recebendo medicação no hospital e a família tenha condições de aceitar o doente em casa, o paciente pode ter alta.
- Acho que qualquer paciente que pode ser tratado em casa é melhor. Porque o ambiente do hospital é mais propício ao paciente pegar uma infecção, e as infecções hospitalares são mais graves. Além disso, ele estará em um ambiente mais sossegado, com a família.
Sônia diz que é importante, porém, que esse doente receba cuidados médicos. Entre eles, de um fisioterapeuta.
- A fisioterapia é essencial tanto para a parte respiratória, quanto para a mobilidade. Porque o paciente em coma não mexe as articulações, então você vai criando posições viciosas.
Ela diz que é importante frisar que, se a família tem condições de cuidar do paciente e ele não precisa de medicações pesadas, o melhor lugar é ficar em casa. Gisele Sampaio Silva lembra, porém, que levar o paciente para casa carrega uma carga emocional muito grande para a família.
- Teve uma família que falou: “Dra. eu tive que optar morar no hospital ou transformar a minha casa em um hospital”. Então é duro, não é uma decisão fácil.
Mas ressalta que, se a família tiver condição e vontade de levar o doente para casa, para o paciente é melhor.
Família
Gisele explica que nesses casos, se o paciente não precisar de cuidados específicos do hospital, ele pode ser liberado para ir para casa. Sonia Brucki, vice-coordenadora do Departamento de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia, concorda e diz que, caso o paciente não precise ficar recebendo medicação no hospital e a família tenha condições de aceitar o doente em casa, o paciente pode ter alta.
- Acho que qualquer paciente que pode ser tratado em casa é melhor. Porque o ambiente do hospital é mais propício ao paciente pegar uma infecção, e as infecções hospitalares são mais graves. Além disso, ele estará em um ambiente mais sossegado, com a família.
Sônia diz que é importante, porém, que esse doente receba cuidados médicos. Entre eles, de um fisioterapeuta.
- A fisioterapia é essencial tanto para a parte respiratória, quanto para a mobilidade. Porque o paciente em coma não mexe as articulações, então você vai criando posições viciosas.
Ela diz que é importante frisar que, se a família tem condições de cuidar do paciente e ele não precisa de medicações pesadas, o melhor lugar é ficar em casa. Gisele Sampaio Silva lembra, porém, que levar o paciente para casa carrega uma carga emocional muito grande para a família.
- Teve uma família que falou: “Dra. eu tive que optar morar no hospital ou transformar a minha casa em um hospital”. Então é duro, não é uma decisão fácil.
Mas ressalta que, se a família tiver condição e vontade de levar o doente para casa, para o paciente é melhor.
Família
A mulher do humorista, Maria Laudicéia, disse, em entrevista ao R7, na tarde de quarta-feira (15), que não sabe explicar a felicidade de ter o marido de volta em casa.
- Viemos para cá porque a rotina de casa ajuda muito na recuperação. A família se reuniu toda para acompanhar, a mãe e os irmãos estão sempre ao lado, todos os dias. É inexplicável, porque estou muito feliz de trazê-lo de volta.
Shaolin foi para casa em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) aérea, segundo Maria Laudicéia, na sexta-feira (10), dia em que teve alta. A mulher afirmou que a rotina do humorista conta com atendimento de quatro fisioterapeutas diariamente, além de consultas com neuropsicólogos, clínico geral, ortopedia e enfermagem. Ela contou que o marido está em coma vigil, dorme à noite e abre os olhos durante o dia.
Shaolin mora em Campina Grande, numa casa com a mulher e dois filhos adultos.
O acidente
Francisco Jozenilton Veloso, o Shaolin, ficou gravemente ferido em um acidente na BR-230, na região de Mutirão, em Campina Grande (PB), no dia 18 de janeiro. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o comediante dirigia no sentido São José da Mata quando um caminhão, que vinha na faixa oposta, invadiu a contramão e bateu contra o veículo do artista.
No dia 20 de janeiro, o motorista envolvido no acidente, Jobson Clemente Benício, de 23 anos, apresentou-se à delegacia da Polícia Rodoviária Federal da cidade paraibana. O inspetor responsável pela unidade ouviu o motorista que, em seguida, foi liberado.
Desde o acidente, já foram ouvidos policiais rodoviários federais; médicos do Samu, que prestaram os primeiros atendimentos ao humorista e pessoas da comunidade local, que presenciaram o ocorrido, segundo informou aoR7 o advogado da família de Shaolin, Rodrigo Felinto.
Ainda de acordo com o advogado, a delegada responsável pelo caso pediu mais prazo ao Ministério Público, pois ainda faltam depoimentos de duas ou três testemunhas, além da documentação com o quadro clínico do humorista do hospital em que ele deu entrada logo após o acidente.
Assim que tudo estiver anexado ao inquérito, o Ministério Público julgará se acusa ou não o motorista do caminhão como réu no crime de lesão corporal na direção de veículo automotor, previsto no Código de Trânsito Brasileiro.
- Viemos para cá porque a rotina de casa ajuda muito na recuperação. A família se reuniu toda para acompanhar, a mãe e os irmãos estão sempre ao lado, todos os dias. É inexplicável, porque estou muito feliz de trazê-lo de volta.
Shaolin foi para casa em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) aérea, segundo Maria Laudicéia, na sexta-feira (10), dia em que teve alta. A mulher afirmou que a rotina do humorista conta com atendimento de quatro fisioterapeutas diariamente, além de consultas com neuropsicólogos, clínico geral, ortopedia e enfermagem. Ela contou que o marido está em coma vigil, dorme à noite e abre os olhos durante o dia.
Shaolin mora em Campina Grande, numa casa com a mulher e dois filhos adultos.
O acidente
Francisco Jozenilton Veloso, o Shaolin, ficou gravemente ferido em um acidente na BR-230, na região de Mutirão, em Campina Grande (PB), no dia 18 de janeiro. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o comediante dirigia no sentido São José da Mata quando um caminhão, que vinha na faixa oposta, invadiu a contramão e bateu contra o veículo do artista.
No dia 20 de janeiro, o motorista envolvido no acidente, Jobson Clemente Benício, de 23 anos, apresentou-se à delegacia da Polícia Rodoviária Federal da cidade paraibana. O inspetor responsável pela unidade ouviu o motorista que, em seguida, foi liberado.
Desde o acidente, já foram ouvidos policiais rodoviários federais; médicos do Samu, que prestaram os primeiros atendimentos ao humorista e pessoas da comunidade local, que presenciaram o ocorrido, segundo informou aoR7 o advogado da família de Shaolin, Rodrigo Felinto.
Ainda de acordo com o advogado, a delegada responsável pelo caso pediu mais prazo ao Ministério Público, pois ainda faltam depoimentos de duas ou três testemunhas, além da documentação com o quadro clínico do humorista do hospital em que ele deu entrada logo após o acidente.
Assim que tudo estiver anexado ao inquérito, o Ministério Público julgará se acusa ou não o motorista do caminhão como réu no crime de lesão corporal na direção de veículo automotor, previsto no Código de Trânsito Brasileiro.
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