"Para passar em concursos públicos o candidato não precisa saber todo o conteúdo, ele precisa é saber responder às questões da banca examinadora." Essa máxima circula com versões diferentes em meio ao mundo dos concurseiros e pode até ser um pouco exagerada, mas não deixa dúvidas da importância que tem conhecer as características de cada instituição responsável pela elaboração das questões que o concorrente terá de responder, em busca da tão sonhada aprovação.
Enquanto o Cespe é temido pelas suas provas de "certo e errado", a Fundação Carlos Chagas é famosa por cobrar todo o conteúdo do edital e a Esaf por aprofundar os assuntos da área de gestão e finanças públicas. Saber das peculiaridades de cada banca tanto pode tornar mais eficiente o tempo de estudo, quanto facilitar a vida na hora da dúvida sobre o que pede cada questão. Há as instituições que cobram mais teoria e aquelas que são mais práticas. Algumas focam na interpretação, outras no conhecimento literal.
No Rio Grande do Norte, diversas instituições nacionais elaboram os concursos federais e também alguns processos seletivos estaduais e municipais. Porém as bancas locais vêm ganhando espaço. A Comissão Permanente do Vestibular da UFRN (Comperve) é hoje uma das mais respeitadas, sendo responsável pelo Vestibular da UFRN e por concursos da própria universidade e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN).
Nos concursos das prefeituras potiguares predominam bancas regionais (Mult-sai, Fundação João do Vale, Asperhs etc) e também nacionais, como a Consulplan. Em todos os casos, é importante conhecer o estilo de prova de cada examinadora, além de ler e reler, com toda a atenção, os editais, documentos que trazem os detalhes sobre o modelo das avaliações, a forma de pontuação e o conteúdo cobrado, embora nem sempre a organizadora apresente questões sobre todos os itens listados.
Uma dica fundamental é buscar no site das bancas, ou mesmo nos portais destinados aos candidatos, as provas e os gabaritos de concursos anteriores realizados pela instituição. Resolver as questões, verificando os macetes, conceitos e modelos tradicionalmente utilizados, geralmente reduz a possibilidade de o candidato ser surpreendido.
Da mesma forma, o concurseiro pode ir se adaptando ao ritmo necessário para a resolução de todo o gabarito, conforme o tempo disponível, fator que muitas vezes, se não respeitado, prejudicará o desempenho final. Além disso, nem sempre uma pergunta sobre determinado assunto possui uma resposta absolutamente clara, daí a necessidade de saber o entendimento da banca a respeito daquele tema, através da resolução de provas anteriores. Independente da organizadora, contudo, há regras universais. Cuidado ao ler os enunciados é uma. Outra é iniciar as provas pelas questões aparentemente mais simples, pois evita a perda de tempo e o aumento desnecessário do estresse. Conhecimentos gerais sobre todos os assuntos da atualidade é algo que tem sido cobrado por cada vez mais bancas. Saber as exigências do cargo ao qual se concorre, a área de atuação e as atividades mais comuns também pode dar uma boa pista do que irá "cair" no concurso.
Chute é última opção do candidato
Estudou o conteúdo, resolveu provas antigas, analisou o estilo da banca, verificou o edital, fez tudo certo, mas ainda assim não sabe que resposta marcar naquela "bendita" questão, então chegou a hora de decidir: vale a pena chutar? A resposta não é simples, mas pelos corredores dos cursinhos e na Internet não faltam dicas para quem resolve responder que sim.
Primeiro o candidato precisa tomar cuidado. Em algumas das provas de "certo ou errado", sobretudo do Cespe, uma resposta equivocada equivale a um ponto negativo, ou seja, como resumem os concurseiros, uma "errada anula uma certa". Por isso é fundamental observar no edital qual a regra de pontuação das questões. Neste caso, é importante pensar duas, três, quatro, várias vezes antes de decidir entre chutar, ou simplesmente deixar em branco, o que não aumenta a pontuação, porém também não reduz.
Em provas desse tipo, uma das dicas que prevalece é que, se a concorrência é menor e o nível geral da prova difícil, o melhor é não arriscar, tentando marcar apenas aquelas que se tem "certeza", tomando sempre a precaução para responder as questões necessária, pelo menos, para ultrapassar o ponto de corte. Já se a concorrência é grande e o nível da prova aparentemente simples, o chute pode ser uma forma de tentar se sobressair e disputar as primeiras colocações.
Porém a análise é bastante subjetiva e depende do nível de "incerteza" do candidato em relação à questão. Algumas dicas para as provas de "certo ou errado" envolvem a leitura atenta do enunciado, em busca de palavras que denunciem o caráter equivocado do texto, e ainda um levantamento do número de questões sabidamente certas e erradas, marcando as demais de forma a igualar, ou aproximar os "Cs" e "Es" no gabarito final.
Esse último método leva em conta que as bancas não elaboram provas desse tipo com grande predominância de uma das respostas, já que alguém poderia simplesmente chutar todas "certas", ou todas "erradas", e terminar se dando melhor do que quem tenta resolver a prova em cima do conhecimento apreendido nos estudos.
O que não é subjetiva é a importância de chutar as questões em provas de múltipla escolha, nas quais não haja perda de pontos em respostas erradas. Nesses casos, deixar qualquer trecho do gabarito em branco significa prejuízo. A dica mais segura é eliminar logo as respostas mais absurdas, com erros claros, reduzindo a quantidade de opções.
Naquelas questões que pedem como respostas dois ou três elementos, buscar os que se repetem no maior número de alternativas tem se tornado perigoso, já que, cientes desse tipo de mecanismo de resolução, muitas bancas armam "pegadinhas".
Em questões que envolvam números, um bom conselho é "chutar" entre as respostas que mais se aproximam, pois é raro a alternativa correta ser muito diferente das demais opções.
http://tribunadonorte.com.br/noticia/candidatos-precisam-conhecer-as-bancas/186925
Adriano AbreuA Comperve é uma das mais respeitadas bancas do Estado
Enquanto o Cespe é temido pelas suas provas de "certo e errado", a Fundação Carlos Chagas é famosa por cobrar todo o conteúdo do edital e a Esaf por aprofundar os assuntos da área de gestão e finanças públicas. Saber das peculiaridades de cada banca tanto pode tornar mais eficiente o tempo de estudo, quanto facilitar a vida na hora da dúvida sobre o que pede cada questão. Há as instituições que cobram mais teoria e aquelas que são mais práticas. Algumas focam na interpretação, outras no conhecimento literal.
No Rio Grande do Norte, diversas instituições nacionais elaboram os concursos federais e também alguns processos seletivos estaduais e municipais. Porém as bancas locais vêm ganhando espaço. A Comissão Permanente do Vestibular da UFRN (Comperve) é hoje uma das mais respeitadas, sendo responsável pelo Vestibular da UFRN e por concursos da própria universidade e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN).
Nos concursos das prefeituras potiguares predominam bancas regionais (Mult-sai, Fundação João do Vale, Asperhs etc) e também nacionais, como a Consulplan. Em todos os casos, é importante conhecer o estilo de prova de cada examinadora, além de ler e reler, com toda a atenção, os editais, documentos que trazem os detalhes sobre o modelo das avaliações, a forma de pontuação e o conteúdo cobrado, embora nem sempre a organizadora apresente questões sobre todos os itens listados.
Uma dica fundamental é buscar no site das bancas, ou mesmo nos portais destinados aos candidatos, as provas e os gabaritos de concursos anteriores realizados pela instituição. Resolver as questões, verificando os macetes, conceitos e modelos tradicionalmente utilizados, geralmente reduz a possibilidade de o candidato ser surpreendido.
Da mesma forma, o concurseiro pode ir se adaptando ao ritmo necessário para a resolução de todo o gabarito, conforme o tempo disponível, fator que muitas vezes, se não respeitado, prejudicará o desempenho final. Além disso, nem sempre uma pergunta sobre determinado assunto possui uma resposta absolutamente clara, daí a necessidade de saber o entendimento da banca a respeito daquele tema, através da resolução de provas anteriores. Independente da organizadora, contudo, há regras universais. Cuidado ao ler os enunciados é uma. Outra é iniciar as provas pelas questões aparentemente mais simples, pois evita a perda de tempo e o aumento desnecessário do estresse. Conhecimentos gerais sobre todos os assuntos da atualidade é algo que tem sido cobrado por cada vez mais bancas. Saber as exigências do cargo ao qual se concorre, a área de atuação e as atividades mais comuns também pode dar uma boa pista do que irá "cair" no concurso.
Chute é última opção do candidato
Estudou o conteúdo, resolveu provas antigas, analisou o estilo da banca, verificou o edital, fez tudo certo, mas ainda assim não sabe que resposta marcar naquela "bendita" questão, então chegou a hora de decidir: vale a pena chutar? A resposta não é simples, mas pelos corredores dos cursinhos e na Internet não faltam dicas para quem resolve responder que sim.
Primeiro o candidato precisa tomar cuidado. Em algumas das provas de "certo ou errado", sobretudo do Cespe, uma resposta equivocada equivale a um ponto negativo, ou seja, como resumem os concurseiros, uma "errada anula uma certa". Por isso é fundamental observar no edital qual a regra de pontuação das questões. Neste caso, é importante pensar duas, três, quatro, várias vezes antes de decidir entre chutar, ou simplesmente deixar em branco, o que não aumenta a pontuação, porém também não reduz.
Em provas desse tipo, uma das dicas que prevalece é que, se a concorrência é menor e o nível geral da prova difícil, o melhor é não arriscar, tentando marcar apenas aquelas que se tem "certeza", tomando sempre a precaução para responder as questões necessária, pelo menos, para ultrapassar o ponto de corte. Já se a concorrência é grande e o nível da prova aparentemente simples, o chute pode ser uma forma de tentar se sobressair e disputar as primeiras colocações.
Porém a análise é bastante subjetiva e depende do nível de "incerteza" do candidato em relação à questão. Algumas dicas para as provas de "certo ou errado" envolvem a leitura atenta do enunciado, em busca de palavras que denunciem o caráter equivocado do texto, e ainda um levantamento do número de questões sabidamente certas e erradas, marcando as demais de forma a igualar, ou aproximar os "Cs" e "Es" no gabarito final.
Esse último método leva em conta que as bancas não elaboram provas desse tipo com grande predominância de uma das respostas, já que alguém poderia simplesmente chutar todas "certas", ou todas "erradas", e terminar se dando melhor do que quem tenta resolver a prova em cima do conhecimento apreendido nos estudos.
O que não é subjetiva é a importância de chutar as questões em provas de múltipla escolha, nas quais não haja perda de pontos em respostas erradas. Nesses casos, deixar qualquer trecho do gabarito em branco significa prejuízo. A dica mais segura é eliminar logo as respostas mais absurdas, com erros claros, reduzindo a quantidade de opções.
Naquelas questões que pedem como respostas dois ou três elementos, buscar os que se repetem no maior número de alternativas tem se tornado perigoso, já que, cientes desse tipo de mecanismo de resolução, muitas bancas armam "pegadinhas".
Em questões que envolvam números, um bom conselho é "chutar" entre as respostas que mais se aproximam, pois é raro a alternativa correta ser muito diferente das demais opções.
http://tribunadonorte.com.br/noticia/candidatos-precisam-conhecer-as-bancas/186925
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