O governo argentino criou uma espécie de “kit anticorrupção” para ser distribuído a 1 milhão de alunos do ensino médio no país.
O objetivo é fazer com que os adolescentes reflitam sobre o assunto ao mostrar que atitudes transgressoras nascem em pequenas ações como colar em uma prova na escola.
O material de 62 páginas foi criado pelo Departamento Anticorrupção e traz também um vídeo ficcional com a história de um jovem que rouba as respostas de um exame de inglês, mas tempos depois não consegue arranjar emprego por não dominar a língua.
De acordo com o jornal argentino Clarín, o guia tenta conscientizar os jovens de que a “corrupção está profundamente enraizada em um traço cultural.”
Para ilustrar a mensagem, o texto compara a atitude de um funcionário público que desvia dinheiro destinado a hospitais a de uma pessoa que pega transporte público sem pagar passagem.
O kit afirma ainda que algumas ações, como jogar papel na rua, por menores que possam parecer, podem influenciar outras pessoas o que causaria entupimento de ralos e canais e, consequentemente, inundações. E estas enchentes são responsáveis, muitas vezes, pela morte de pessoas.
A divulgação de que o Departamento Anticorrupção fez um convênio com o Ministério da Educação para utilizar o guia nas aulas de Formação Ética e Cidadania causou polêmica. Os críticos dizem que o conteúdo minimiza a corrupção por parte de políticos do Estado.
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