Um comprimido azul com uma bomba estampada, que custa de R$ 70 a R$ 80, tem invadido a noite paulistana e já virou motivo de preocupação no Departamento de Narcóticos da Polícia Civil (Denarc). A nova versão da metanfetamina, conhecida como cristal, é confundida com o ecstasy e já foi alvo de sete apreensões desde 23 de março, levando a polícia a recolher cerca de 10 mil doses.
Segundo o responsável pela Divisão de Inteligência do Denarc, Clemente Calvo Castilhone Júnior, parte das pessoas flagradas com o cristal em forma de comprimido acreditava ser outra droga. "Não estava no formato de pedra ou pó para ser fumado ou inalado. Os usuários se confundiram, pensando se tratar de uma versão mais forte do ecstasy."
O ecstasy é um alucinógeno que provoca a liberação de serotonina e estimula a "afetividade", seguida de profunda depressão. Os efeitos podem durar 8 horas e o produto é encontrado por até R$ 10. Já a metanfetamina age no sistema nervoso central, libera dopamina, causa comportamentos violentos e compulsão sexual por até 30 horas. Ambas causam danos generalizados ao organismo, embora com a metanfetamina os prejuízos sejam ainda maiores.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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